segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Acara-Bandeira


Acará-Bandeira - A Sua Magestade
Autor William Sugai 1993 (atualizado 2003)
Para os aquariofilistas, o acará-bandeira é um dos mais populares peixes de água doce. O gênero Pterophylum foi descrito por Heckel em 1840. Seu gênero Pterophylum é dividido em quatro espécies conhecidas: P. scalare (o bandeira popular),P. altum ( originário da bacia amazônica colombiana, possui o corpo mais achatado e alto, é exportado pela cidade de Bogotá para os Estados Unidos, Europa e Japão), e P. dumerilli e P. leopoldi, que são os mais desconhecidos pelo aquarismo mundial.
O acará-bandeira popular, Pterophylum scalare, que será discutido neste artigo, é junto com o "kinguio", "lebiste ou guppy", e o "betta", um dos peixes mais comercializados no mundo inteiro. Originário da bacia amazônica, ele é hoje criado em larga escala praticamente no mundo inteiro, desde Estados Unidos, passando pela Europa, Ásia, África, Oceania e aqui no Brasil. Ele é cada vez menos, retirado do estado selvagem, pois, o custo de captura e transporte, comparado ao do acará-bandeira reproduzido em cativeiro, faz dele cada vez menos atrativo aos importadores. O formato triangular torna o bandeira, um dos peixes mais exóticos.
Variedades - Trabalhos com seleção de espécies mutantes de coloração diferente, contribuiu para a fixação de novos "tipos de bandeira", tão diferentes do espécie selvagem que é prateado com barras negras verticais em seu corpo. Hoje podemos encontrar mais de trinta variedades no comércio, que vai desde um bandeira negro véu até um rarissimo bandeira siamês albino escama de pérola. Ele é um peixe que pode ser considerado resistente, não é muito exigente a qualidade da água e pode ser normalmente aconselhado ao iniciante do aquarismo. Sua reprodução pode ser conseguida facilmente por qualquer pessoa amadora. Basta seguir alguns parâmetros essenciais como temperatura e pH, ajustados a preferência do bandeira.
Cuidados básicos
O aquário O acará-bandeira pode ser considerado um peixe relativamente grande. Alguns exemplares podem atingir da ponta da nadadeira dorsal até o fim da nadadeira anal mais ou menos 30 cm de altura e não é exagero. O baixo nível de conhecimento e cuidados torna raro o crescimento completo do bandeira, que pode viver por anos e anos. Sua longevidade pode ser comparada a do acará-disco e exemplares que foram bem tratados desde pequenos podem chegar fácil a 6 anos de idade. Isto faz com que o bandeira prefira aquários de porte grande para o amadurecimento correto. É preferível não mantê-lo em aquários com menos de 45 litros. Normalmente encontramos nas lojas de aquários, à venda, bandeiras jovens que possuem em base, três a quatro meses de idade. Possuem um crescimento rápido, podendo atingir a fase adulta com oito meses de idade. O bandeira prefere aquário alto, que facilita o bom desenvolvimento de suas nadadeiras, ao contrário do "lebiste" ou "guppy" que pode ser mantido e reproduzido em águas baixas de 25 cm de altura. Gosta também de aquários bem plantados com folhas compridas e altas onde às vezes, escolhe para a postura dos ovos. Apesar de observarmos de vez em quando algumas brigas entre bandeiras, isto não chega a preocupar, pois é um comportamento normal da sua família Ciclidae, e estas normalmente acontecem por disputa de machos por alguma fêmea. Ou simplesmente uma disputa territorial. Estas brigas não chegam a machucar nenhum dos indivíduos. É preciso prestar atenção nestas brigas, pois, isto pode significar o empenho de algum casal que se formou em seu aquário, e está defendendo uma pequena área para acasalamento e desova, fato corriqueiro em aquários comunitários com vários bandeiras adultos.
Temperatura - Originário da região norte do Brasil, ele prefere temperatura alta em torno de 28 graus celcius. Porém é um peixe bastante resistente a temperaturas mais baixas, podendo conviver normalmente num aquário comunitário com temperatura de 25 graus. No caso da sua reprodução, o certo é mantê-la alta afim de estimular a desova e garantir uma boa eclosão e desenvolvimento dos filhotes. Uma temperatura alta promove um ciclo de desova curto e uma temperatura de 27 graus faz uma fêmea bem alimentada desovar a cada 8-15 dias.
Água - O bandeira é muito tolerante com a qualidade da água. Não é exigente com relação a dureza da água, sua reprodução inclusive, é obtida com sucesso em vários níveis de dureza. Ele é por natureza originário de água mole com dureza baixa, por isso aconselhamos freqüente trocas parciais de água afim de se manter o nível de dureza baixo. Eles adoram esta trocas de água que estimulam o acasalamento e desova.
pH -No caso do pH é aconselhável que seja ligeiramente ácido na faixa de 6.5 por suas preferências nativas, sendo possível mantê-lo também em água de pH neutro e ligeiramente alcalino. Uma "boa água" deve ter principalmente uma boa biologia, ser cristalina e livre de amônia, pois o bandeira como a maioria dos peixes é sensível a este elemento tóxico. Por isso é necessário um bom sistema de filtragem e manutenção da boa higiene do aquário.
Dimorfismo sexual - O acará-bandeira possui certas diferenças entre machos e fêmeas, contrariando certas publicações antigas que o apontavam sem dimorfismo sexual. Contudo é necessário uma certa experiência e a distinção dos sexos só pode ser precisa em exemplares juvenis e adultos. Há algumas regras básicas para assegurar uma boa distinção e definição entre machos e fêmeas: * analisar somente indivíduos de até 1 ½ para 2 anos de idade, pois alguns machos velhos superalimentados podem parecer ter óvulos e fêmeas velhas que já não produzem mais óvulos podem parecer machos provocando certa dúvida. * fazer a análise sem ter alimentado-os por pelos menos quatro horas. * peixes que estejam em boa saúde e bem alimentados, pois assim a fêmea se mostrará cheia de óvulos. Normalmente os machos adultos se mostram bem maiores que as fêmeas da mesma idade, possuem às vezes a formação de um pequeno galo na testa, e são mais coloridos em algumas variedades. As fêmeas são normalmente mais gordas por causa dos óvulos, possuem o ovopositor( tubulo por onde sai os óvulos) mais proeminete, mais grosso e comprido. O macho possui orificio mais fino e bicudo. Mesmo com essas dicas, não estamos livres de algum erro de identificação, já que o acará-bandeira não possui grandes diferenças sexuais como por exemplo, o lebiste na qual os machos possuem gonopódio e as fêmeas não. Para se ter a certeza basta conferir o acasalamento de dois exemplares: observar quem está colocando os óvulos e quem está aparentemente fertilizando. Neste ponto já é identificado uma fêmea e a confirmação do outro exemplar de ser um macho está no nascimento dos alevinos que ocorre em seguida.
Alimentação - O Acará-bandeira, por ser omnívoro aceita qualquer tipo de alimento, seja ele seco ou vivo. Ele pode ser condicionado a um determinado tipo de alimento , porém o mais indicado é que haja uma boa variabilidade em sua dieta. Ele aceita de tudo: alimento industrializado em flocos, alimentos congelados como artemia, bloodworms, e patê de coração de boi com espinafre, cenoura e vitaminas, tubifex desidratado, alimentos vivos como artemias, tubifex, daphineas, larva de mosquito, bloodworms, e outros. Uma boa dieta com uma alimentação em flocos pela manhã e outra a base de alimento vivo ao entardecer é o suficiente para uma boa manutenção de seus bandeiras adultos. Para os bandeiras jovens de três a quatro meses é aconselhável mais que duas porções de alimento por dia. Eles estão numa fase de crescimento e necessitam de grandes quantidade de proteínas, fibras e vitaminas para atingir um bom tamanho de corpo, nadadeiras firmes e boa coloração. A alimentação dos filhotes recém-nascido será abordado mais adiante no item reprodução. A porção de alimento deve ser dada para que seus peixes a comam em no mínimo 10 minutos. O excesso de alimento deve ser sifonado após duas horas, para que não apodreça e polua a água do seu aquário. É melhor sempre alimentar seus peixes com pequenas porções várias vezes por dia, do que grandes porções uma ou duas vezes por dia. Hoje em dia 2003, temos a disposição uma variedade de alimentação industrializada que supera qualquer alimento vivo disponível. Elas podem variar deacordo com o tipo sendo a base de crustáceos, vegetais, com alto ou baixo teor de proteína, com omega 3, e assim por diante. Hoje posso com certeza recomendar que os nossos peixes sejam alimentado somente com ração, como fazemos com os nossos cães e gatos orientados pelos nossos veterinários.
Reprodução - O acará bandeira é um dos peixes ovíparos de água doce de mais fácil reprodução em aquário. Necessitam de algumas condições básicas para o sucesso.
Reprodução - as matrizes - um bom aquário, matrizes bem alimentadas, boa temperatura e qualidade de água. Para iniciar a reprodução é preciso conseguir um bom casal. Algumas lojas de aquário vendem casais formados, e este pode ser um bom começo. Outra forma boa também é o de selecionar uma dúzia de pequenos bandeirinhas, que num período de 6 meses, e bons cuidados possuem grande possibilidade de formar um belíssimo casal. Os bandeiras podem ser adquiridos numa boa loja de sua confiança. Os bandeirinhas a serem escolhidos devem estar bem abertos, e nunca com as nadadeiras fechadas que indicam a presença de oodinium, praga muito comum, perigosa e contagiosa. Devem sempre apresentar bom apetite e boa coloração.
Reprodução - o aquário - Para favorecer a formação do casal o aquário deve ser o maior possível. Para doze bandeiras um aquário de 200 litros é o suficiente. Ele deve possuir uma boa filtragem externa da água, iluminação, temperatura 28-29 ºC e pH 6.8 da água, deve possuir pedras, troncos ou plantas de folha larga onde os bandeiras gostam de desovar. Eles normalmente preferem objetos verticais como tubos e até a parede do vidro do aquário. Após vários anos de experiência com acará-bandeiras, conclui que se um casal está com vontade de acasalar e desovar, este pode ocorrer em qualquer lugar, seja ele na folha larga de uma planta, numa pedra, na parte de um tronco, no tubo do filtro biológico, no vidro do aquário, e até na mangueira de ar.
Reprodução - o acasalamento - Crescidos, os bandeiras, com 7-8 meses de idade, dependendo da sua alimentação estão aptos a acasalar. Neste momento é possível vermos algumas brigas por território, ou companheiro. Quando um casal se formar, este se empenharão em defender um pequeno canto do aquário para a desova. Neste momento é hora de se tomar uma decisão. Tirar o resto dos peixes, deixando o casal neste aquário, ou transferir o jovem casal para um aquário especialmente montado para eles. Uma vez sozinhos, eles escolherão o local da desova, que normalmente é um objeto vertical, e ficarão se preparando o para o ritual da desova. É possível vê-los limpando um local por uma manhã inteira. Usando a boca eles procuram retirar qualquer sujeira, algas ou microorganismos para fazer a postura. É possível avistar também o ovopositor da fêmea já bem protuberante, em sinal da vontade de desovar. Num dado momento a fêmea começa deslizar a "barriga", encostando o ovopositor no local escolhido e deixando pequenas fileiras de óvulos. O macho logo desliza com o mesmo movimento fertilizando-os em seguida. Alguns destes movimentos inicias são falsos e a fêmea desliza sem deixar nenhum ovo, mas após algumas repetições as fileiras de ovos começam a aparecer até atingir um total de 200 a 300 ovos, que são fertilizados pelo macho. Casais maiores e mais velhos podem gerar posturas que variam de 800 a 1000 ovos de uma só vez. Este ritual pode levar até 2 horas. Terminando, eles começam a abanar os ovos com as nadadeiras peitorais, oxigenando-os e retirando alguns ovos que fungam. Tornando-se brancos aqueles que não tenham sido fecundado. Eles ficam protegendo e limpando os ovos até se dar a eclosão, tempo que pode demorar até 48 horas dependendo da temperatura da água. Alguns casais novos e inexperientes podem devorar seus ovos no final do dia, ou ao se apagar a luz para o dia seguinte, por temerem algum perigo. Isto pode ocorrer até a terceira desova, o que é normal.
Reprodução - o nascimento - No final de 48 horas é possível ver os pequenos ovos embrionados, e apartir desta hora eles começam e eclodir. Uma pequena cauda rompe a membrana e logo forma-se um emaranhado de "rabinhos" grudados e tremendo como que se quisessem nadar. O zelo dos pais pelos alevinos continua até mais ou menos o 7º dia, quando eles começam a ensaiar as pequenas "aventuras" pelo aquário. Os pais tratam logo de manter a prole unida num "bolo" de alevinos em algum canto do aquário, protegendo às vezes com certa agressividade. Os pais catam com a boca os pequenos alevinos que se separam do grupo e procuram mantê-los unidos. A pequena nuvem de alevinos rodeados pelo casal formam no aquário uma cena fantástica, premiando o aquarista com uma satisfação enorme, resultado de tanto cuidado, paciência e dedicação. A maioria dos criadores profissionais separam os ovos logo que os machos terminam de fertilizar e fazem a eclosão artificialmente. No caso do aquarista recomendo deixar que os pais cuidem dos filhotes. Isto porque acho o passeio dos filhotes com os pais um dos espetaculos mais lindos do aquarismo e porque caso você não seja um criador profissional e não tenha espaço para tantos peixes, caso os ovos sejam retirados o casal poderá logo se preparar para outra postura.
Reprodução - alimento dos alevinos -Nesta hora é preciso começar a alimentar os pequeninos alevinos. Eles podem ser alimentados com microvermes, ração líquida para ovíparos, gema de ovo em pó, mas o mais indicado que tem melhores resultado é os náuplios recém-nascidos de artêmia salina. Os cisto(ovos) de artêmia são encontrados nas principais lojas de aquário, são então colocados em água salgada com aeração para sua eclosão e após esta, coados numa peneira e colocados para o alevinos. A primeira vista, pode parecer uma fonte alimentar um pouco complicada para o aquarista, porém com uma pequena orientação do lojista, ela se torna simples e mais adequada à prole de ovíparos. Os náuplios de artemia salina são usados pela maioria dos grandes criadores do mundo inteiro, pois promovem um crescimento espetacular aos filhotes, fazendo-os dobrar de tamanho a cada semana. Nas primeiras semanas é preciso alimentá-los no mínimo três vezes ao dia, sem no entanto deixar sobrar comida no aquário. Isto pode ser perigoso, pois o excesso de alimento pode apodrecer a água e elevar a taxa de amônia, causando a morte dos pequenos filhotes. O alimento deve ser dado aos poucos e com uma lupa pode se observar a pequena barriga redonda com uma cor alaranjada, dada pela ingestão das artêmia. O excesso de alimento deve ser sifonado ao fim de 30 minutos com uma pequena mangueira de ar.
Reprodução - a separação - Os pequenos filhotes crescem rapidamente e se forem bem alimentados, ao final de 30 dias já se parecem com os pais com mais ou menos 1,5 cm de diâmetro de corpo. Formam um belo cardume de "estrelinhas", e podem ser transferidos com segurança para um outro aquário, deixando os pais novamente livres para uma nova desova. A mudança dos filhotes para um outro aquário deve ser feita com um certo cuidado: transfira pelo menos 50% da água do aquário do casal na qual eles estavam, para o novo aquário, para diminuir o choque da mudança e para auxiliar na formação da biologia deste aquário. Os outros 50% devem ser completados com uma água sem cloro, um pH neutro e de preferência com a mesma temperatura. Apartir daí, devem ser feitas trocas parciais semanalmente afim de manter o bom crescimento dos filhotes e manter a boa higiene do aquário. No fim do primeiro mês, com os filhotes já maiores, podemos iniciar a introduzir outros tipos de alimentação a base de flocos industrializados de alta qualidade. Estes alimentos secos devem possuir no mínimo 40% de proteínas em sua composição para a promoção de um bom crescimento, nesta fase muito importante dos pequenos bandeiras que vai até os 4 meses de idade. Outro fator importante é o número de filhotes por aquário. A super população causa um abaixamento rápido do pH causado pelas excreção dos peixes, portanto uma maior freqüência na troca de água deve ajudar a manter uma água limpa e saudável. Devemos manter a proporção de no mínimo 1 litro de água para cada peixe pequeno. Portanto se a ninhada for grande é preciso que ela seja dividida em vários outros aquários para não superlotarmos o mesmo, causando um atraso no crescimento dos filhotes e o aparecimento de alguma doença provocado pela baixa qualidade da água. A reprodução dos bandeiras é incrível mas só deve ser tentada por aquaristas que possuam mais espaço e disponibilidade de aquários grandes, pois do contrário, poderá ocorrer uma super população e como conseqüência uma grande quantidade de bandeirinhas com nadadeiras atrofiadas e corpo encruado.
Variedades de bandeira - Hoje em dia podemos contar inúmeras variedades de bandeiras originados do bandeira selvagem. Este acará-bandeira selvagem possui corpo prateado e quatro barras verticais negras ao longo do corpo, uma que passa pelo olho, duas no meio do corpo e outra sobre o pedúnculo caudal. É um exemplar muito lindo e popular nas lojas e é chamado de bandeira comum pelos aquaristas. Apartir deste tipo originou-se por seleção e cruzamento estas variedade chamadas de artificias relacionadas abaixo:
A. bandeira marmorato - corpo marmorizado de preto e branco. a. bandeira zebra - possui uma barra negra a mais que o bandeira comum. a. bandeira negro - corpo e nadadeiras inteiramente negro. a. bandeira ouro - corpo amarelo dourado a. bandeira siamês - corpo acizentado, nadadeiras dorsal e anal pretas, e região do opérculo avermelhada. a. bandeira palhaço - corpo dourado com manchas arredondadas pretas pelo corpo. a. bandeira fantasma - corpo branco com ou sem região do opérculo avermelhada. a. bandeira fumaça ou bicolor - metade do corpo prateado e a metade posterior num tom amarronzado. a. bandeira leopardo - corpo prateado coberto de pequeninos pontos preto formando uma malha tigrada. a. bandeira chocolate - corpo com 90% de tom marrom. a. bandeira palhaço siamês - corpo branco com manchas arredondadas pretas e opérculo avermelhado. a. bandeira koi - corpo do palhaço siamês com grande região na testa de cor amarela. a. bandeira testa amarela - corpo inteiro branco com cabeça amarelada. a. bandeira albino - corpo amarelo ou branco com olho vermelho. É preciso notar que variedades fixas de bandeira não passam de 8, são cores de mutações que ocorreram durante as décadas nas reproduções com o acará bandeira e foram fixadas como uma linhagem. As outras variedades são os resultados de hibridações entre estas variedades.
Produção do acará-bandeira em larga escala - O bandeira por ser um peixe ornamental muito popular e prolífero induz muitas pessoas a reproduzi-lo em larga escala visando algum retorno financeiro. Mas normalmente estas pessoas o fazem ou tentam fazê-lo com base nos cálculos dos preços de varejo imaginando um certo retorno financeiro normalmente falso. Alguns item devem ser de conhecimento do criador que pensa em iniciar esta atividade. *O bandeira é um peixe relativamente fácil de reprodução, mas o aquarista deve dominar totalmente alguns aspectos como pH, dureza, temperatura, ciclo biológico, amônia, genética, incubação artificial e o mais importante, de doenças e tratamento. Eu como aquarista já presenciei enormes produções falindo pelo seguinte fato: um criador pode ser eficiente na produção de poucos peixes, mas enfrenta grandes dificuldades quando a produção atinge altas escalas, rendendo em prejuízos catastróficos. Portanto é preciso anteriormente calcular o quanto se quer produzir, pois o bandeira é um peixe que necessita de muito espaço para crescer. Para uma pessoa que more no centro da cidade grande, e que necessite de aquários para a produção, estes cálculos são importantes. Nunca pense em criar bandeiras em grandes escalas se você não tem onde colocar no mínimo 100 aquários. Outro fator importante também é o da venda. É preciso pesquisar quais atacadistas estariam dispostos a comprar seus bandeiras e a que preço. Estas são algumas precauções e que não devem ser consideradas como desestímulo, mas sim como aspectos da realidade que pode impedir alguns aquaristas venham a ter frustrações futuras, e que se devidamente superadas faz com que esse hobby continue a ser um dos mais atraente e interessante, pois é um verdadeiro mergulho em um mundo maravilhoso - o do aquarismo.

Reprodução de Ciclídeos

Não há dúvida de que a grande maioria dos aquaristas iniciaram-se no hobby por ficarem fascinados com as cores e formas dos peixinhos ornamentais. A visão de um cardume de Neons, das cores do imponente Betta, das formas e do nado do Kinguio (previamente o "peixinho dourado") impressionam a qualquer um que nunca teve contato com o mundo aquático. Mas o aquarista com certa experiência aprende a amar não só a beleza dos peixes mas também o seu comportamento, sua índole, a maneira com a qual se comportam e se relacionam. Muitas vezes o aquarista dotado de certo conhecimento compra um peixe não só pelo seu padrão de beleza, mas também buscando um animal de interessantes hábitos e particularidades. Nesse momento, o aquarista inclui em sua vida um grupo de seres dos quais jamais se esquecerá: A Família dos Ciclídeos.
São seres surpreendentes, pela sua resistência e inteligência. Aprende-se a amar os ciclídeos rapidamente, e a maior das surpresas que o criador dos animais pode ter é presenciar o comportamento destes quando começam os cortejos e as danças de reprodução. Para aqueles que tentam reproduzir ciclídeos, na minha opinião o que se há de melhor no aquarismo, apresento minha técnica pessoal para fazê-lo.
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Dentre as espécies de ciclídeos que eu já reproduzi estão:
O lindíssimo Peixe-Jóia (Hemichromis bimaculatus), ciclídeo Africano Ocidental do qual tenho um casal que já desovou sete vezes, mas apenas uma delas com total sucesso, tendo nascido mais de 500 peixinhos;
O Jack Dempsey original (Cichlasoma octofasciatum, previamente Cichlasoma biocellatum) também conhecido como "Jack Dempsey Cobalto" - tenho um casal que desovou uma vez;
O Cichlasoma nigrofasciatum, que eu comprei pelo nome de Acará-Zebra, um casal que desovou uma vez;
O Geophagus brasiliensis, popular Acará Diadema ou Ciclídeo Pérola - um casal capturado na represa Billings aqui em SP, que desovou também uma vez (os dois já foram devolvidos à represa, assim como os pouco mais de quarenta sobreviventes da ninhada).
Uma vez um colega também aquarista me disse que para a reprodução de ciclídeos são necessários apenas a água, o macho e a fêmea. Depois de tantas reprodução sucessivas, eu tenho que concordar. Com relação ao tanque de reprodução: Eu uso para a reprodução um aquário de 130 litros (algumas das desovas ocorreram em um outro aquário, de 96 lts, já desativado). Tem fundo de areia muito bem lavada que eu extraí das margens de um rio em Mongaguá, no litoral sul de SP, com cinco pedras planas, compridas e largas colocadas horizontalmente em diversos pontos do tanque (aí serão postos os ovos). A iluminação é feita apenas pela luz do Sol que entra indiretamente pela janela que está próximo a ele - os ciclídeos se sentem mais à vontade em água com iluminação natural, ao menos os meus. O pH está estabilizado em 7.0 e a dureza eu nunca medi. O aquário não tem plantas e nenhum tipo de sistema de filtragem, mas eu troco 40% de sua água toda semana. A água que eu uso é amarronzada, pois vem de um tanque de concreto de 2000 litros que eu tenho no quintal de casa com alguns troncos maturando (poucos tem tal privilégio). Tenho certeza de que os peixes também adoram a cor mais escura da água, onde se sentem mais confortáveis. Aos que não dispõem de um tanque para preparar a água marrom, basta acrescentar um tronco comprado em lojas de aquários sem tratá-lo - apenas lavá-lo bem - no tanque. A temperatura fica em 28-30oC, pois o calor estimula o metabolismo dos animais, acelerando a desova e o crescimento dos filhotes. É um aquário que não me exigiu o menor custo (nem mesmo no vidro, que era de uma vidraça que foi desmontada e reaproveitada) e vem agradando muito os peixes, sendo muito fácil de manter. O aquário é também quadrado, tendo como medidas: 54,5x54,5x35cm.
Se for a primeira tentativa de reprodução do casal, eu ponho no aquário também um terceiro ciclídeo de outra espécie. O terceiro peixe não é realmente muito necessário e pode-se fazer sem ele, mas ajuda os pais iniciantes a desenvolverem um instinto protetor da ninhada que irão gerar, já que sentirão a cria ameaçada pelo invasor (isso vem dando bastante certo comigo). Esse procedimento diminui as possibilidades dos peixes devorarem os ovos, e só é necesário na primeira vez do casal. O casal vai atacá-lo, e deixo que ataquem um pouco, sem correr risco de perder nenhum dos peixes. O intruso pode ficar por dois ou três dias e depois será retirado (se estiver apanhando muito, tiro antes). Descobri acidentalmente isso na terceira desova dos meus peixes-jóia, que mataram o pobre Acará-Zebra que estava ali com eles (eu nunca pensei que fossem desovar).
Depois da desova, eu mantenho os pais com a cria até que eles comecem a rejeitar os filhotes. E isso varia muito - tem casais que passam a esquecer os filhos e até os atacam depois de um mês da desova, e outros dos quais a cria atinge o tamanho quase adulto sem ser molestada. Lembre-se de que os ciclídeos são pais muito competentes e protegem muito a cria - eu já tomei um monte de mordidas e bicadas enquanto limpava o aquário.
Alimento os peixes (inclusive os filhotes) com um patê bem simples e barato que meu pai desenvolveu, que tem a consistência farinhenta e é baseado na mistura de coração de boi, peixe congelado, fígado de boi, espinafre, cenoura, camarão congelado, alface, algas tipo espirulina (daquelas que se compra em loja de produtos macrobióticos) e o que mais der na telha (a gente mistura de tudo, e os peixes adoram e crescem muito). Bate-se tudo em um liquidificador, acrescenta-se um saquinho de gelatina em pó sem sabor e deixa-se no fogo em banho maria por cerca de trinta minutos. A mistura é espalhada em uma bandeja de aço-inox e vai ao freezer até endurecer. Para servir aos peixes, tira-se um pedaço e espera-se que ele descongele. Aí poderá ser servido. É um alimento extremamente rico.
Depois de um certo tempo os peixes maiores passarão a atacar os menores, e é hora de separá-los. Com cerca de 5 ou 6 centímetros os animais estão prontos para a venda. Eu vendi os Peixes-Jóia, os Nigrofasciatum e os Jack Dempsey em lojas pela cidade de São Paulo.
Eis o que eu tenho feito para ter desovas com sucesso, sem nenhum cuidado especial e livre de grandes preocupações. Isso prova que quando os ciclídeos estão interessados em fazer filhos não tem jeito e eles fazem mesmo. Prova? Os meus Peixes-Jóia comeram as duas primeiras desovas, pois não ligavam para elas. A terceira foi um sucesso. As próximas quatro - acredite ou não - só não deram certo porque eles desovaram em um ridículo aquário de quinze litros sem filtro, aeração ou vegetação que residiam enquanto o casal de Acarás Diadema cuidava do aquário de reprodução. Mas eles tentaram, então prova.

Reprodução de espada


O sistema de reprodução desses dois peixes são extremamente iguais.
O ideal é ter 3 machos para 1 fêmea. Se você ter esses peixes em um aquário comunitário, vai ser mais difícil você ver o acasalamento deles. Neste caso quando você ver que a fêmea está com a barriga bem grande você tem que tira - la e coloca - la em um aquário separado com a mesma água e temperatura com plantas no aquário(tipo cabomba) e na hora que ela que ter todos os filhotes tire-a do aquário e volte-a no aquário em que ela estava e deixe os filhotes no aquário em que eles nasceram. Nesta fase é importante alimentá-los rigorosamente.Obs: Nestes tipos de peixes, os filhotes se desenvolvem dentro da fêmea e por isso não põe os ovos no aquário, e o filhote já nasce espertinho(comendo, se escondendo, tudo sozinho. É normal que neste período alguns filhotes morram, tire-os no instante em que você ver. Para os pais não comerem os filhotes na hora do nascimento, é necessário alimentá-los bem. Bem, depois de tirar os pais do aquário, deixe o filhotes no aquário(sem pedra pois eles entram em qualquer buraco ou lugarzinho, não conseguem sair e acabam morrendo

Reprodução de platy


Nativo da costa Atlântica do México, Guatemala e Norte de Honduras, o Plati é provavelmente um dos peixes tropicais com maior número de variedades de cores, encontradas aos milhares. Comumente apresentada com manchas pretas em vermelho sangue, dourado, azul, cinza ou preto, esta pequena espécie mede cerca de seis centímetros. No seu habitat natural, o Plati possui coloração verde- oliva, branca e preta, eventualmente avermelhada, com as nadadeiras ligeiramente azuladas. Devido aos cruzamentos em cativeiro, tal variedade é rara no mercado. Em cativeiro, há mais variação de cores, do vermelho ao preto. O corpo é achatado lateralmente. O Plati, cujo nome científico é Xiphophorus maculatus (do grego, Xiphophorus, "aquele que carrega espada", maculatus, "manchado, numa alusão às manchas pretas"), pertence à família dos Poecilídeos, também conhecidos como "barrigudinhos". Quando há escassez de parceiros, é freqüente o cruzamento entre os Espadas e os Platis, ambos Poecilídeos, resultando em híbridos férteis. Prolífico, o Plati se reproduz com facilidade em cativeiro. Em cerca de 40 dias de gestação, são gerados cerca de 35 alevinos. De fácil manejo, apesar de sensível a variações de temperatura, é indicado para aquariofilistas iniciantes. Pode viver em aquários comunitários, convivendo facilmente com peixes pacíficos. A vegetação deve ser abundante para evitar que os adultos se alimentem de suas crias. O Xiphophorus maculatus é onívoro, portanto pouco exigente: aceita rações em flocos, alimentação viva (artêmias, dáfnias, e larvas de mosquitos), vegetais, alimentos secos à base de carne e algas verdes de aquário. Os alevinos devem ser alimentados com náuplios de artêmia e ração bem moída."

Reprodução de Molinesia

Molinésia
As molinésias são peixes muito dóceis e fáceis para você te-los em um aquário.São calmos(não brigam, as vezes sai uns desentendimento mas é normal)gostam de viver em grupos(mínimo 3) .Eu aconselho cria-las.Crio molinésias com mais de 03cm , e vai aí algumas dicas.
Alimentação: Eu prefiro e sempre dei ração em flocos .Dou também cenoura para deixar com as cores mais vivas.Alimente pelo menos 2 vezes ao dia e, coloque o suficiente para que elas comam em 10 minutos.
Ph:Deixe de 6.6 a 7.0 , elas vivem muito bem em água neutra.Temperatura:de min.20 graus a 31max.
Acessórios:Bomba submersa(eu uso uma nacional muito boa a sarlo better 650)oxigena muito bem,sifão,biológico,luz 12 horas por dia,termômetro,aquecedor.
Cascalho de rio médio é o melhor para espadas:Plantas naturais são boas para os espadas pois eles podem reproduzir e os filhotes se esconderem sem perigo.
Reprodução
testes observamos que as Molinésias ficaram menos suscetíveis a doenças, mas não significa que não podem viver em água doce, porem observar as condições da água e temperatura. Seu comportamento é pacifico e muito fácil de ser reproduzido, as molinésias gostam de se alimentar de algas e alimentos vegetais, mas aceitam rações de todos os tipos e principalmente alimenta-los com rações a base de vegetais, pois necessitam para seu bem estar. A espécie mais comum é a negra, encontrado facilmente em lojas do ramo. O aquário deve ser de no mínimo 50 litros para que vivam bem, pode ser criado em aquários comunitários. Quanto a sua reprodução é fácil, o macho procura a fêmea a todo o momento, então deve-se adquirir 3 fêmeas para cada macho. Após o acasalamento, a fêmea começara a ficar barriguda e após 40 dias no máximo ela "dará a luz", de 50 a 80 filhotes que já estarão aptos a nadar e a se alimentar horas depois do parto da fêmea. Devemos oferecer aos filhotes nauplius de artemias que podem ser inseridos no aquário. Os filhotes também se alimentam de rações para alevinos. O aquário deve ser bem plantado de forma que os filhotes possam se refugiar e se esconder nos primeiros dias dos próprios pais, já que podem tentar atacar sua cria. Na terceira a quarta semana já se pode distinguir os machos das fêmeas pela coloração em seu corpo e cauda. Temperatura Reprodução Origem Ph Dh Iluminação Alimentação 26 a 28 G Vivíparo América do Sul 7.0 a 7.4 Média 10 hs Dia Superfície, Centro

Reprodução de Betta

Betta(Peixe-de-Briga)


Peixe-de-Briga ou simplesmente Betta, seu nome científico é "Betta Splendens", o nome Betta vem de uma Tribo Guerreira chamada "Ikan Betta" que era temida por sua grande agressividade , e essa tribo é nativa do antigo Sião, de onde o Betta é nativo, e o nome Splendens é "Esplendoroso" em latino. Betta Splendens é considerado um dos peixes mais bonitos de água doce, ele é muito agressivo com sua própria espécie, principalmente os machos, as fêmeas se forem criadas juntas desde de pequenas não se tornam agressivas. Os Bettas são labirintídeos, possuem um orgão de respiração a mais como todo anabantídeo, esse orgão faz com que ele consiga sobreviver em águas mais pobres em oxigênio, mas isso não é sinônimo de água poluída.
Ambiente ideal para Bettas- Todo aquarista quer ter o seu peixe mais confortável possível no aquário, isso é normal, ele não quer que seu peixe se sinta mau no "ecossistema" que ele mesmo fez e cuida com carinho. Os Bettas gostam de água velha, com PH neutro para acido (6,8-7,0), temperatura ideal para os Bettas onde eles se sentem mais a vontade e com bem estar é 27 graus. Eles gostam de aquários bem plantados, principalmente com plantas flutuantes, como se fosse um pântano, nu fundo do aquário pode ser cascalho natural de rio, se você montar um aquário assim para seu Betta ele realmente vai ficar forte, bonito e nunca vulnerável a doenças(é claro que os outros conceitos de higiene deve ser seguidos.).
Reprodução- Há vários meios de se conseguir a reprodução dos Bettas em aquário, vou lhe mostrar a maneira que mas tem sucesso em todos os sentidos, tanto no começo na hora do macho construir o ninho até os alevinos sobreviverem à fase adulta. Vamos dividir por fase: 1º fase- Preparação do aquário: O aquário de reprodução pode ser pequeno(no mínimo 8 litros) ou pode ser grande, eu aconselho usar um aquário igual ao meu, um de 20 litros(40x15x20), quanto mais espaçoso for o aquário melhor é, porque a fêmea poderá fugir de forma mais fácil do macho e quando os alevinos nascerem vão ter mais oxigênio na água, fora os hormônios... O aquário deve ficar com o nível da água no máximo de 12cm, eu aconselho 8cm, isso para não causar uma pressão muito forte nos alevinos quando nascerem, e facilitar o trabalho do macho para pegar os ovos. A tempreratura ideal é 27 graus e a temperatura mínima para reprodução é de 24 graus. Deve se instalar uma lâmpada de 15 watts para iluminar o aquário durante 24 horas. Para servir de apoio ao ninho pode ser usar plantas flutuantes ou um tronco desidratado, eu aconselho o tronco, deixe o tronco com uma ponta pra fora d'água, se não ele vai ser inútil no aquário. Na água do aquário de reprodução, pingue uma gota de fungicida ou parasisticida(é bom evitar fungos nos ovos).
2ºfase- Colocação do macho no aquário: Ponha um macho adulto(mais de 5 meses de idade), que seja maior do que a fêma que você colocará no aquário, isso é muito importante, se fêmea for do mesmo tamanho ou até maior que o macho o abraço "nupcial" pode ser impossível de acontecer. O macho deve ser bonito, com nadadeiras formadas, de preferência a machos que sempre constroem ninho de bolhas no seu aquário individual, pois esse já tem um instinto reprodutivo avançado.
3ºfase- Colocação da fêmea no aquário de reprodução: Corte na metade uma garrafa de dois litros descartável transaparente, as garrafas tradicionais de Coca, lave bem, enche de água até o nível de água que o aquário de reprodução estiver, ou seja se estiver em 8 cm, encha até 8cm a garrafa, para ter o peso ideal de equílibrio dentro da água e na visão ideal do macho. Ponha a fêmea(ovada, repare se ela esta com o ovopositor a vista e com listras na vertical) nessa garrafa e logo após ponha a garrafa no aquário de reprodução, ponha de um jeito que não fique encostado nas paredes do aquário, para evitar que ele construa o ninho grudado com a garrafa, que seria ruim, pois seria muito vulnerável a movimentos.
4ºfase- O namoro: O macho vai abrir suas belas nadadeiras e opérculos quando vê a fêmea na garrafa, a fêmea vai ficar com uma cor mais acentuada e agitada, então vai passar umas 2 horas e o macho começará a construir o ninho, se dentro de duas horas ele não construir o ninho, junte o macho e a fêmea no aquário durante 15 minutos e separe novamente, só para excitar mais o macho e ele ter mais ânimo para construir o ninho, mas se mesmo assim ele não construir o ninho, pegue com uma colher o ninho de outro Betta, não importa se for pequeno, o macho só de olhar um pedaço de ninho vai dar início a construção.
5ºfase- Acasalamento: Depois de 24 horas de namoro e construção do ninho, junte os dois, o macho vai persegui-la e as vezes até dando uns "safanõezinhos"( tem caso que a fêmea persegue o macho), ao passar de 12 a 24 horas, o macho vai conduzir a fêmea pra baixo do ninho, onde dará ínico ao abraço nupcial, no começo a fêmea nem expele ovos, depois do segundo e terceiro abraço começa a vir poucos ovos, depois de meia-hora de abraços, sai mais de 20 ovos por abraço, o total de uma desova em média é de 250-500 ovos(ovúlos). Ao mesmo tempo que os ovos são expelidos o macho solta os espermas para fecunda-los, e logo após poe os ovos no ninho(muitas fêmeas ajudam o macho nessa tarefa). Quando você reparar que a fêmea não desova mais, tire ela, pois o macho vai ataca-la até mata-la, pois ela é um intruso na visão do macho.
6ºfase- Eclosão dos ovos: Durante 24 a 48 horas o macho ficará vigiando o aquário inteiro para ver se nenhum "intruso" esta por perto para comer os ovos de sua ninhada, ele vai tratar os ovos com muito carinho, após 24 ou 48 horas(depende da temperatura, quando mais alta, menos o tempo de eclosão), os ovos vão eclodir, deles sairam os alevinos com seus sacos vitelinos, onde vai fornecer alimento a eles durante dois dias após o nascimento, eles vão ficar na horizontal, quando eles nadarem na vertical, retire o macho do aquário, pois não terá mais utilidade e pode acontecer do macho comer os seus próprios filhotes depois de 4 dias pós eclosão.
7ºfase- Desenvolvimento e engorda dos alevinos: Os alevinos são muito pequenos, precisam de alimentos muito pequenos também, depois do segundo dia de nascimento aconselho dar infusórios, depois do 5º dias de vida dê artêmia salinas recém eclodidas(compre os ovos desidratados em uma loja de aquarismo), com artêmias salinas recém eclodidas os filhotes vão crescer rapidamente, pela quantidade de proteínas que tem no organismo das artêmias, quando os alevinos já tiverem 2 semanas de vida, comece a fazer trocas de água(atenção, deixe a água descansar por um dia para ter certeza que esta sem cloro, e certifique se a temperatura esta igual), precisa trocar no mínimo 20% e no máximo 70% da água, repondo por água nova, é preciso fazer essas trocas d'água, porque cada alevino no aquário vai soltar hormônios, que inpedirá que seus irmãos desenvolvam de forma rápida, portanto, quanto mais trocas de água vc fizer no periodo de 2 semanas até 1 mês de vida, mais rápido os alevinos vão crecer. Quando seus filhotes atingirem 5 meses pode reproduzir eles, mas atenção, nunca reproduza Bettas parentes, como: irmãos, pais, e etc, pois o o código genético pode sofrer muitas avariações por serem parecidos dando consequência em muita morte de alevinos e alevinos mau desenvolvidos. Agressividade dos Bettas- Os Bettas são peixes extremamente agressivos com sua espécie, com outras espécie também são, porém muito menos, tem os Bettas que nasceram para uma "rinha"(aquário especial onde se pratica briga de Bettas), são os Bettas de nadadeiras curtas, com mandibulas fortes e corpo atlético, sem ser magro e nem "obeso". A origem da agressividade dos Bettas começa por serem peixes extremamente territoriais, no aquário que você por ele, não importa qual for o tamanho e espécies que o habitam(a não ser que seje um tanque do tamanho de um rio ou lago) o Betta vai denominar que o aquário é dele, e vai se impôr que todos os demais peixes no aquário são intrusos de seu território, onde ele vai tentar expulsa-lo, se o mesmo não fugir ou ser retirado ele vai mata-lo.
Beleza dos Bettas- Os Bettas(Splendes) são peixes muito bonitos e charmosos, como dito acima é considerado um dos peixes mais bonito de água doce. As cores dos Bettas podem ser de vários matizes e mistura deles, como: marrom, roxo, rosa, vermelho, violeta, amarelo, bege, preto, branco, albino, azul, azul celestial, verde, e fora as combinações dessas. Procure sempre excitar seu betta macho pelo menos meia-hora por dia, deixe ele olhando ao um espelho ou para um outro macho durante meia-hora, para as nadadeiras serem esticadas e crescerem de forma mais bonita.
Alimentação dos Bettas- Os Bettas gostam de muita comida viva em sua dieta, mas como não é de fácil manejo, compre ração seca peletilizada(bolinhas) para Bettas(a melhor é da Tetra), dê todos os dias, e nos finais de semana dê artêmias, larvas de mosquito, minhocas picadas, patês e etc.

Reprodução de Betta

Betta(Peixe-de-Briga)


Peixe-de-Briga ou simplesmente Betta, seu nome científico é "Betta Splendens", o nome Betta vem de uma Tribo Guerreira chamada "Ikan Betta" que era temida por sua grande agressividade , e essa tribo é nativa do antigo Sião, de onde o Betta é nativo, e o nome Splendens é "Esplendoroso" em latino. Betta Splendens é considerado um dos peixes mais bonitos de água doce, ele é muito agressivo com sua própria espécie, principalmente os machos, as fêmeas se forem criadas juntas desde de pequenas não se tornam agressivas. Os Bettas são labirintídeos, possuem um orgão de respiração a mais como todo anabantídeo, esse orgão faz com que ele consiga sobreviver em águas mais pobres em oxigênio, mas isso não é sinônimo de água poluída.
Ambiente ideal para Bettas- Todo aquarista quer ter o seu peixe mais confortável possível no aquário, isso é normal, ele não quer que seu peixe se sinta mau no "ecossistema" que ele mesmo fez e cuida com carinho. Os Bettas gostam de água velha, com PH neutro para acido (6,8-7,0), temperatura ideal para os Bettas onde eles se sentem mais a vontade e com bem estar é 27 graus. Eles gostam de aquários bem plantados, principalmente com plantas flutuantes, como se fosse um pântano, nu fundo do aquário pode ser cascalho natural de rio, se você montar um aquário assim para seu Betta ele realmente vai ficar forte, bonito e nunca vulnerável a doenças(é claro que os outros conceitos de higiene deve ser seguidos.).
Reprodução- Há vários meios de se conseguir a reprodução dos Bettas em aquário, vou lhe mostrar a maneira que mas tem sucesso em todos os sentidos, tanto no começo na hora do macho construir o ninho até os alevinos sobreviverem à fase adulta. Vamos dividir por fase: 1º fase- Preparação do aquário: O aquário de reprodução pode ser pequeno(no mínimo 8 litros) ou pode ser grande, eu aconselho usar um aquário igual ao meu, um de 20 litros(40x15x20), quanto mais espaçoso for o aquário melhor é, porque a fêmea poderá fugir de forma mais fácil do macho e quando os alevinos nascerem vão ter mais oxigênio na água, fora os hormônios... O aquário deve ficar com o nível da água no máximo de 12cm, eu aconselho 8cm, isso para não causar uma pressão muito forte nos alevinos quando nascerem, e facilitar o trabalho do macho para pegar os ovos. A tempreratura ideal é 27 graus e a temperatura mínima para reprodução é de 24 graus. Deve se instalar uma lâmpada de 15 watts para iluminar o aquário durante 24 horas. Para servir de apoio ao ninho pode ser usar plantas flutuantes ou um tronco desidratado, eu aconselho o tronco, deixe o tronco com uma ponta pra fora d'água, se não ele vai ser inútil no aquário. Na água do aquário de reprodução, pingue uma gota de fungicida ou parasisticida(é bom evitar fungos nos ovos).
2ºfase- Colocação do macho no aquário: Ponha um macho adulto(mais de 5 meses de idade), que seja maior do que a fêma que você colocará no aquário, isso é muito importante, se fêmea for do mesmo tamanho ou até maior que o macho o abraço "nupcial" pode ser impossível de acontecer. O macho deve ser bonito, com nadadeiras formadas, de preferência a machos que sempre constroem ninho de bolhas no seu aquário individual, pois esse já tem um instinto reprodutivo avançado.
3ºfase- Colocação da fêmea no aquário de reprodução: Corte na metade uma garrafa de dois litros descartável transaparente, as garrafas tradicionais de Coca, lave bem, enche de água até o nível de água que o aquário de reprodução estiver, ou seja se estiver em 8 cm, encha até 8cm a garrafa, para ter o peso ideal de equílibrio dentro da água e na visão ideal do macho. Ponha a fêmea(ovada, repare se ela esta com o ovopositor a vista e com listras na vertical) nessa garrafa e logo após ponha a garrafa no aquário de reprodução, ponha de um jeito que não fique encostado nas paredes do aquário, para evitar que ele construa o ninho grudado com a garrafa, que seria ruim, pois seria muito vulnerável a movimentos.
4ºfase- O namoro: O macho vai abrir suas belas nadadeiras e opérculos quando vê a fêmea na garrafa, a fêmea vai ficar com uma cor mais acentuada e agitada, então vai passar umas 2 horas e o macho começará a construir o ninho, se dentro de duas horas ele não construir o ninho, junte o macho e a fêmea no aquário durante 15 minutos e separe novamente, só para excitar mais o macho e ele ter mais ânimo para construir o ninho, mas se mesmo assim ele não construir o ninho, pegue com uma colher o ninho de outro Betta, não importa se for pequeno, o macho só de olhar um pedaço de ninho vai dar início a construção.
5ºfase- Acasalamento: Depois de 24 horas de namoro e construção do ninho, junte os dois, o macho vai persegui-la e as vezes até dando uns "safanõezinhos"( tem caso que a fêmea persegue o macho), ao passar de 12 a 24 horas, o macho vai conduzir a fêmea pra baixo do ninho, onde dará ínico ao abraço nupcial, no começo a fêmea nem expele ovos, depois do segundo e terceiro abraço começa a vir poucos ovos, depois de meia-hora de abraços, sai mais de 20 ovos por abraço, o total de uma desova em média é de 250-500 ovos(ovúlos). Ao mesmo tempo que os ovos são expelidos o macho solta os espermas para fecunda-los, e logo após poe os ovos no ninho(muitas fêmeas ajudam o macho nessa tarefa). Quando você reparar que a fêmea não desova mais, tire ela, pois o macho vai ataca-la até mata-la, pois ela é um intruso na visão do macho.
6ºfase- Eclosão dos ovos: Durante 24 a 48 horas o macho ficará vigiando o aquário inteiro para ver se nenhum "intruso" esta por perto para comer os ovos de sua ninhada, ele vai tratar os ovos com muito carinho, após 24 ou 48 horas(depende da temperatura, quando mais alta, menos o tempo de eclosão), os ovos vão eclodir, deles sairam os alevinos com seus sacos vitelinos, onde vai fornecer alimento a eles durante dois dias após o nascimento, eles vão ficar na horizontal, quando eles nadarem na vertical, retire o macho do aquário, pois não terá mais utilidade e pode acontecer do macho comer os seus próprios filhotes depois de 4 dias pós eclosão.
7ºfase- Desenvolvimento e engorda dos alevinos: Os alevinos são muito pequenos, precisam de alimentos muito pequenos também, depois do segundo dia de nascimento aconselho dar infusórios, depois do 5º dias de vida dê artêmia salinas recém eclodidas(compre os ovos desidratados em uma loja de aquarismo), com artêmias salinas recém eclodidas os filhotes vão crescer rapidamente, pela quantidade de proteínas que tem no organismo das artêmias, quando os alevinos já tiverem 2 semanas de vida, comece a fazer trocas de água(atenção, deixe a água descansar por um dia para ter certeza que esta sem cloro, e certifique se a temperatura esta igual), precisa trocar no mínimo 20% e no máximo 70% da água, repondo por água nova, é preciso fazer essas trocas d'água, porque cada alevino no aquário vai soltar hormônios, que inpedirá que seus irmãos desenvolvam de forma rápida, portanto, quanto mais trocas de água vc fizer no periodo de 2 semanas até 1 mês de vida, mais rápido os alevinos vão crecer. Quando seus filhotes atingirem 5 meses pode reproduzir eles, mas atenção, nunca reproduza Bettas parentes, como: irmãos, pais, e etc, pois o o código genético pode sofrer muitas avariações por serem parecidos dando consequência em muita morte de alevinos e alevinos mau desenvolvidos. Agressividade dos Bettas- Os Bettas são peixes extremamente agressivos com sua espécie, com outras espécie também são, porém muito menos, tem os Bettas que nasceram para uma "rinha"(aquário especial onde se pratica briga de Bettas), são os Bettas de nadadeiras curtas, com mandibulas fortes e corpo atlético, sem ser magro e nem "obeso". A origem da agressividade dos Bettas começa por serem peixes extremamente territoriais, no aquário que você por ele, não importa qual for o tamanho e espécies que o habitam(a não ser que seje um tanque do tamanho de um rio ou lago) o Betta vai denominar que o aquário é dele, e vai se impôr que todos os demais peixes no aquário são intrusos de seu território, onde ele vai tentar expulsa-lo, se o mesmo não fugir ou ser retirado ele vai mata-lo.
Beleza dos Bettas- Os Bettas(Splendes) são peixes muito bonitos e charmosos, como dito acima é considerado um dos peixes mais bonito de água doce. As cores dos Bettas podem ser de vários matizes e mistura deles, como: marrom, roxo, rosa, vermelho, violeta, amarelo, bege, preto, branco, albino, azul, azul celestial, verde, e fora as combinações dessas. Procure sempre excitar seu betta macho pelo menos meia-hora por dia, deixe ele olhando ao um espelho ou para um outro macho durante meia-hora, para as nadadeiras serem esticadas e crescerem de forma mais bonita.
Alimentação dos Bettas- Os Bettas gostam de muita comida viva em sua dieta, mas como não é de fácil manejo, compre ração seca peletilizada(bolinhas) para Bettas(a melhor é da Tetra), dê todos os dias, e nos finais de semana dê artêmias, larvas de mosquito, minhocas picadas, patês e etc.

Reprodução de Acara-Bandeira

Acará-Bandeira - A Sua Magestade
Autor William Sugai 1993 (atualizado 2003)
Para os aquariofilistas, o acará-bandeira é um dos mais populares peixes de água doce. O gênero Pterophylum foi descrito por Heckel em 1840. Seu gênero Pterophylum é dividido em quatro espécies conhecidas: P. scalare (o bandeira popular),P. altum ( originário da bacia amazônica colombiana, possui o corpo mais achatado e alto, é exportado pela cidade de Bogotá para os Estados Unidos, Europa e Japão), e P. dumerilli e P. leopoldi, que são os mais desconhecidos pelo aquarismo mundial.
O acará-bandeira popular, Pterophylum scalare, que será discutido neste artigo, é junto com o "kinguio", "lebiste ou guppy", e o "betta", um dos peixes mais comercializados no mundo inteiro. Originário da bacia amazônica, ele é hoje criado em larga escala praticamente no mundo inteiro, desde Estados Unidos, passando pela Europa, Ásia, África, Oceania e aqui no Brasil. Ele é cada vez menos, retirado do estado selvagem, pois, o custo de captura e transporte, comparado ao do acará-bandeira reproduzido em cativeiro, faz dele cada vez menos atrativo aos importadores. O formato triangular torna o bandeira, um dos peixes mais exóticos.
Variedades - Trabalhos com seleção de espécies mutantes de coloração diferente, contribuiu para a fixação de novos "tipos de bandeira", tão diferentes do espécie selvagem que é prateado com barras negras verticais em seu corpo. Hoje podemos encontrar mais de trinta variedades no comércio, que vai desde um bandeira negro véu até um rarissimo bandeira siamês albino escama de pérola. Ele é um peixe que pode ser considerado resistente, não é muito exigente a qualidade da água e pode ser normalmente aconselhado ao iniciante do aquarismo. Sua reprodução pode ser conseguida facilmente por qualquer pessoa amadora. Basta seguir alguns parâmetros essenciais como temperatura e pH, ajustados a preferência do bandeira.
Cuidados básicos
O aquário O acará-bandeira pode ser considerado um peixe relativamente grande. Alguns exemplares podem atingir da ponta da nadadeira dorsal até o fim da nadadeira anal mais ou menos 30 cm de altura e não é exagero. O baixo nível de conhecimento e cuidados torna raro o crescimento completo do bandeira, que pode viver por anos e anos. Sua longevidade pode ser comparada a do acará-disco e exemplares que foram bem tratados desde pequenos podem chegar fácil a 6 anos de idade. Isto faz com que o bandeira prefira aquários de porte grande para o amadurecimento correto. É preferível não mantê-lo em aquários com menos de 45 litros. Normalmente encontramos nas lojas de aquários, à venda, bandeiras jovens que possuem em base, três a quatro meses de idade. Possuem um crescimento rápido, podendo atingir a fase adulta com oito meses de idade. O bandeira prefere aquário alto, que facilita o bom desenvolvimento de suas nadadeiras, ao contrário do "lebiste" ou "guppy" que pode ser mantido e reproduzido em águas baixas de 25 cm de altura. Gosta também de aquários bem plantados com folhas compridas e altas onde às vezes, escolhe para a postura dos ovos. Apesar de observarmos de vez em quando algumas brigas entre bandeiras, isto não chega a preocupar, pois é um comportamento normal da sua família Ciclidae, e estas normalmente acontecem por disputa de machos por alguma fêmea. Ou simplesmente uma disputa territorial. Estas brigas não chegam a machucar nenhum dos indivíduos. É preciso prestar atenção nestas brigas, pois, isto pode significar o empenho de algum casal que se formou em seu aquário, e está defendendo uma pequena área para acasalamento e desova, fato corriqueiro em aquários comunitários com vários bandeiras adultos.
Temperatura - Originário da região norte do Brasil, ele prefere temperatura alta em torno de 28 graus celcius. Porém é um peixe bastante resistente a temperaturas mais baixas, podendo conviver normalmente num aquário comunitário com temperatura de 25 graus. No caso da sua reprodução, o certo é mantê-la alta afim de estimular a desova e garantir uma boa eclosão e desenvolvimento dos filhotes. Uma temperatura alta promove um ciclo de desova curto e uma temperatura de 27 graus faz uma fêmea bem alimentada desovar a cada 8-15 dias.
Água - O bandeira é muito tolerante com a qualidade da água. Não é exigente com relação a dureza da água, sua reprodução inclusive, é obtida com sucesso em vários níveis de dureza. Ele é por natureza originário de água mole com dureza baixa, por isso aconselhamos freqüente trocas parciais de água afim de se manter o nível de dureza baixo. Eles adoram esta trocas de água que estimulam o acasalamento e desova.
pH -No caso do pH é aconselhável que seja ligeiramente ácido na faixa de 6.5 por suas preferências nativas, sendo possível mantê-lo também em água de pH neutro e ligeiramente alcalino. Uma "boa água" deve ter principalmente uma boa biologia, ser cristalina e livre de amônia, pois o bandeira como a maioria dos peixes é sensível a este elemento tóxico. Por isso é necessário um bom sistema de filtragem e manutenção da boa higiene do aquário.
Dimorfismo sexual - O acará-bandeira possui certas diferenças entre machos e fêmeas, contrariando certas publicações antigas que o apontavam sem dimorfismo sexual. Contudo é necessário uma certa experiência e a distinção dos sexos só pode ser precisa em exemplares juvenis e adultos. Há algumas regras básicas para assegurar uma boa distinção e definição entre machos e fêmeas: * analisar somente indivíduos de até 1 ½ para 2 anos de idade, pois alguns machos velhos superalimentados podem parecer ter óvulos e fêmeas velhas que já não produzem mais óvulos podem parecer machos provocando certa dúvida. * fazer a análise sem ter alimentado-os por pelos menos quatro horas. * peixes que estejam em boa saúde e bem alimentados, pois assim a fêmea se mostrará cheia de óvulos. Normalmente os machos adultos se mostram bem maiores que as fêmeas da mesma idade, possuem às vezes a formação de um pequeno galo na testa, e são mais coloridos em algumas variedades. As fêmeas são normalmente mais gordas por causa dos óvulos, possuem o ovopositor( tubulo por onde sai os óvulos) mais proeminete, mais grosso e comprido. O macho possui orificio mais fino e bicudo. Mesmo com essas dicas, não estamos livres de algum erro de identificação, já que o acará-bandeira não possui grandes diferenças sexuais como por exemplo, o lebiste na qual os machos possuem gonopódio e as fêmeas não. Para se ter a certeza basta conferir o acasalamento de dois exemplares: observar quem está colocando os óvulos e quem está aparentemente fertilizando. Neste ponto já é identificado uma fêmea e a confirmação do outro exemplar de ser um macho está no nascimento dos alevinos que ocorre em seguida.
Alimentação - O Acará-bandeira, por ser omnívoro aceita qualquer tipo de alimento, seja ele seco ou vivo. Ele pode ser condicionado a um determinado tipo de alimento , porém o mais indicado é que haja uma boa variabilidade em sua dieta. Ele aceita de tudo: alimento industrializado em flocos, alimentos congelados como artemia, bloodworms, e patê de coração de boi com espinafre, cenoura e vitaminas, tubifex desidratado, alimentos vivos como artemias, tubifex, daphineas, larva de mosquito, bloodworms, e outros. Uma boa dieta com uma alimentação em flocos pela manhã e outra a base de alimento vivo ao entardecer é o suficiente para uma boa manutenção de seus bandeiras adultos. Para os bandeiras jovens de três a quatro meses é aconselhável mais que duas porções de alimento por dia. Eles estão numa fase de crescimento e necessitam de grandes quantidade de proteínas, fibras e vitaminas para atingir um bom tamanho de corpo, nadadeiras firmes e boa coloração. A alimentação dos filhotes recém-nascido será abordado mais adiante no item reprodução. A porção de alimento deve ser dada para que seus peixes a comam em no mínimo 10 minutos. O excesso de alimento deve ser sifonado após duas horas, para que não apodreça e polua a água do seu aquário. É melhor sempre alimentar seus peixes com pequenas porções várias vezes por dia, do que grandes porções uma ou duas vezes por dia. Hoje em dia 2003, temos a disposição uma variedade de alimentação industrializada que supera qualquer alimento vivo disponível. Elas podem variar deacordo com o tipo sendo a base de crustáceos, vegetais, com alto ou baixo teor de proteína, com omega 3, e assim por diante. Hoje posso com certeza recomendar que os nossos peixes sejam alimentado somente com ração, como fazemos com os nossos cães e gatos orientados pelos nossos veterinários.
Reprodução - O acará bandeira é um dos peixes ovíparos de água doce de mais fácil reprodução em aquário. Necessitam de algumas condições básicas para o sucesso.
Reprodução - as matrizes - um bom aquário, matrizes bem alimentadas, boa temperatura e qualidade de água. Para iniciar a reprodução é preciso conseguir um bom casal. Algumas lojas de aquário vendem casais formados, e este pode ser um bom começo. Outra forma boa também é o de selecionar uma dúzia de pequenos bandeirinhas, que num período de 6 meses, e bons cuidados possuem grande possibilidade de formar um belíssimo casal. Os bandeiras podem ser adquiridos numa boa loja de sua confiança. Os bandeirinhas a serem escolhidos devem estar bem abertos, e nunca com as nadadeiras fechadas que indicam a presença de oodinium, praga muito comum, perigosa e contagiosa. Devem sempre apresentar bom apetite e boa coloração.
Reprodução - o aquário - Para favorecer a formação do casal o aquário deve ser o maior possível. Para doze bandeiras um aquário de 200 litros é o suficiente. Ele deve possuir uma boa filtragem externa da água, iluminação, temperatura 28-29 ºC e pH 6.8 da água, deve possuir pedras, troncos ou plantas de folha larga onde os bandeiras gostam de desovar. Eles normalmente preferem objetos verticais como tubos e até a parede do vidro do aquário. Após vários anos de experiência com acará-bandeiras, conclui que se um casal está com vontade de acasalar e desovar, este pode ocorrer em qualquer lugar, seja ele na folha larga de uma planta, numa pedra, na parte de um tronco, no tubo do filtro biológico, no vidro do aquário, e até na mangueira de ar.
Reprodução - o acasalamento - Crescidos, os bandeiras, com 7-8 meses de idade, dependendo da sua alimentação estão aptos a acasalar. Neste momento é possível vermos algumas brigas por território, ou companheiro. Quando um casal se formar, este se empenharão em defender um pequeno canto do aquário para a desova. Neste momento é hora de se tomar uma decisão. Tirar o resto dos peixes, deixando o casal neste aquário, ou transferir o jovem casal para um aquário especialmente montado para eles. Uma vez sozinhos, eles escolherão o local da desova, que normalmente é um objeto vertical, e ficarão se preparando o para o ritual da desova. É possível vê-los limpando um local por uma manhã inteira. Usando a boca eles procuram retirar qualquer sujeira, algas ou microorganismos para fazer a postura. É possível avistar também o ovopositor da fêmea já bem protuberante, em sinal da vontade de desovar. Num dado momento a fêmea começa deslizar a "barriga", encostando o ovopositor no local escolhido e deixando pequenas fileiras de óvulos. O macho logo desliza com o mesmo movimento fertilizando-os em seguida. Alguns destes movimentos inicias são falsos e a fêmea desliza sem deixar nenhum ovo, mas após algumas repetições as fileiras de ovos começam a aparecer até atingir um total de 200 a 300 ovos, que são fertilizados pelo macho. Casais maiores e mais velhos podem gerar posturas que variam de 800 a 1000 ovos de uma só vez. Este ritual pode levar até 2 horas. Terminando, eles começam a abanar os ovos com as nadadeiras peitorais, oxigenando-os e retirando alguns ovos que fungam. Tornando-se brancos aqueles que não tenham sido fecundado. Eles ficam protegendo e limpando os ovos até se dar a eclosão, tempo que pode demorar até 48 horas dependendo da temperatura da água. Alguns casais novos e inexperientes podem devorar seus ovos no final do dia, ou ao se apagar a luz para o dia seguinte, por temerem algum perigo. Isto pode ocorrer até a terceira desova, o que é normal.
Reprodução - o nascimento - No final de 48 horas é possível ver os pequenos ovos embrionados, e apartir desta hora eles começam e eclodir. Uma pequena cauda rompe a membrana e logo forma-se um emaranhado de "rabinhos" grudados e tremendo como que se quisessem nadar. O zelo dos pais pelos alevinos continua até mais ou menos o 7º dia, quando eles começam a ensaiar as pequenas "aventuras" pelo aquário. Os pais tratam logo de manter a prole unida num "bolo" de alevinos em algum canto do aquário, protegendo às vezes com certa agressividade. Os pais catam com a boca os pequenos alevinos que se separam do grupo e procuram mantê-los unidos. A pequena nuvem de alevinos rodeados pelo casal formam no aquário uma cena fantástica, premiando o aquarista com uma satisfação enorme, resultado de tanto cuidado, paciência e dedicação. A maioria dos criadores profissionais separam os ovos logo que os machos terminam de fertilizar e fazem a eclosão artificialmente. No caso do aquarista recomendo deixar que os pais cuidem dos filhotes. Isto porque acho o passeio dos filhotes com os pais um dos espetaculos mais lindos do aquarismo e porque caso você não seja um criador profissional e não tenha espaço para tantos peixes, caso os ovos sejam retirados o casal poderá logo se preparar para outra postura.
Reprodução - alimento dos alevinos -Nesta hora é preciso começar a alimentar os pequeninos alevinos. Eles podem ser alimentados com microvermes, ração líquida para ovíparos, gema de ovo em pó, mas o mais indicado que tem melhores resultado é os náuplios recém-nascidos de artêmia salina. Os cisto(ovos) de artêmia são encontrados nas principais lojas de aquário, são então colocados em água salgada com aeração para sua eclosão e após esta, coados numa peneira e colocados para o alevinos. A primeira vista, pode parecer uma fonte alimentar um pouco complicada para o aquarista, porém com uma pequena orientação do lojista, ela se torna simples e mais adequada à prole de ovíparos. Os náuplios de artemia salina são usados pela maioria dos grandes criadores do mundo inteiro, pois promovem um crescimento espetacular aos filhotes, fazendo-os dobrar de tamanho a cada semana. Nas primeiras semanas é preciso alimentá-los no mínimo três vezes ao dia, sem no entanto deixar sobrar comida no aquário. Isto pode ser perigoso, pois o excesso de alimento pode apodrecer a água e elevar a taxa de amônia, causando a morte dos pequenos filhotes. O alimento deve ser dado aos poucos e com uma lupa pode se observar a pequena barriga redonda com uma cor alaranjada, dada pela ingestão das artêmia. O excesso de alimento deve ser sifonado ao fim de 30 minutos com uma pequena mangueira de ar.
Reprodução - a separação - Os pequenos filhotes crescem rapidamente e se forem bem alimentados, ao final de 30 dias já se parecem com os pais com mais ou menos 1,5 cm de diâmetro de corpo. Formam um belo cardume de "estrelinhas", e podem ser transferidos com segurança para um outro aquário, deixando os pais novamente livres para uma nova desova. A mudança dos filhotes para um outro aquário deve ser feita com um certo cuidado: transfira pelo menos 50% da água do aquário do casal na qual eles estavam, para o novo aquário, para diminuir o choque da mudança e para auxiliar na formação da biologia deste aquário. Os outros 50% devem ser completados com uma água sem cloro, um pH neutro e de preferência com a mesma temperatura. Apartir daí, devem ser feitas trocas parciais semanalmente afim de manter o bom crescimento dos filhotes e manter a boa higiene do aquário. No fim do primeiro mês, com os filhotes já maiores, podemos iniciar a introduzir outros tipos de alimentação a base de flocos industrializados de alta qualidade. Estes alimentos secos devem possuir no mínimo 40% de proteínas em sua composição para a promoção de um bom crescimento, nesta fase muito importante dos pequenos bandeiras que vai até os 4 meses de idade. Outro fator importante é o número de filhotes por aquário. A super população causa um abaixamento rápido do pH causado pelas excreção dos peixes, portanto uma maior freqüência na troca de água deve ajudar a manter uma água limpa e saudável. Devemos manter a proporção de no mínimo 1 litro de água para cada peixe pequeno. Portanto se a ninhada for grande é preciso que ela seja dividida em vários outros aquários para não superlotarmos o mesmo, causando um atraso no crescimento dos filhotes e o aparecimento de alguma doença provocado pela baixa qualidade da água. A reprodução dos bandeiras é incrível mas só deve ser tentada por aquaristas que possuam mais espaço e disponibilidade de aquários grandes, pois do contrário, poderá ocorrer uma super população e como conseqüência uma grande quantidade de bandeirinhas com nadadeiras atrofiadas e corpo encruado.
Variedades de bandeira - Hoje em dia podemos contar inúmeras variedades de bandeiras originados do bandeira selvagem. Este acará-bandeira selvagem possui corpo prateado e quatro barras verticais negras ao longo do corpo, uma que passa pelo olho, duas no meio do corpo e outra sobre o pedúnculo caudal. É um exemplar muito lindo e popular nas lojas e é chamado de bandeira comum pelos aquaristas. Apartir deste tipo originou-se por seleção e cruzamento estas variedade chamadas de artificias relacionadas abaixo:
A. bandeira marmorato - corpo marmorizado de preto e branco. a. bandeira zebra - possui uma barra negra a mais que o bandeira comum. a. bandeira negro - corpo e nadadeiras inteiramente negro. a. bandeira ouro - corpo amarelo dourado a. bandeira siamês - corpo acizentado, nadadeiras dorsal e anal pretas, e região do opérculo avermelhada. a. bandeira palhaço - corpo dourado com manchas arredondadas pretas pelo corpo. a. bandeira fantasma - corpo branco com ou sem região do opérculo avermelhada. a. bandeira fumaça ou bicolor - metade do corpo prateado e a metade posterior num tom amarronzado. a. bandeira leopardo - corpo prateado coberto de pequeninos pontos preto formando uma malha tigrada. a. bandeira chocolate - corpo com 90% de tom marrom. a. bandeira palhaço siamês - corpo branco com manchas arredondadas pretas e opérculo avermelhado. a. bandeira koi - corpo do palhaço siamês com grande região na testa de cor amarela. a. bandeira testa amarela - corpo inteiro branco com cabeça amarelada. a. bandeira albino - corpo amarelo ou branco com olho vermelho. É preciso notar que variedades fixas de bandeira não passam de 8, são cores de mutações que ocorreram durante as décadas nas reproduções com o acará bandeira e foram fixadas como uma linhagem. As outras variedades são os resultados de hibridações entre estas variedades.
Produção do acará-bandeira em larga escala - O bandeira por ser um peixe ornamental muito popular e prolífero induz muitas pessoas a reproduzi-lo em larga escala visando algum retorno financeiro. Mas normalmente estas pessoas o fazem ou tentam fazê-lo com base nos cálculos dos preços de varejo imaginando um certo retorno financeiro normalmente falso. Alguns item devem ser de conhecimento do criador que pensa em iniciar esta atividade. *O bandeira é um peixe relativamente fácil de reprodução, mas o aquarista deve dominar totalmente alguns aspectos como pH, dureza, temperatura, ciclo biológico, amônia, genética, incubação artificial e o mais importante, de doenças e tratamento. Eu como aquarista já presenciei enormes produções falindo pelo seguinte fato: um criador pode ser eficiente na produção de poucos peixes, mas enfrenta grandes dificuldades quando a produção atinge altas escalas, rendendo em prejuízos catastróficos. Portanto é preciso anteriormente calcular o quanto se quer produzir, pois o bandeira é um peixe que necessita de muito espaço para crescer. Para uma pessoa que more no centro da cidade grande, e que necessite de aquários para a produção, estes cálculos são importantes. Nunca pense em criar bandeiras em grandes escalas se você não tem onde colocar no mínimo 100 aquários. Outro fator importante também é o da venda. É preciso pesquisar quais atacadistas estariam dispostos a comprar seus bandeiras e a que preço. Estas são algumas precauções e que não devem ser consideradas como desestímulo, mas sim como aspectos da realidade que pode impedir alguns aquaristas venham a ter frustrações futuras, e que se devidamente superadas faz com que esse hobby continue a ser um dos mais atraente e interessante, pois é um verdadeiro mergulho em um mundo maravilhoso - o do aquarismo.
William Sugai

Reprodução de Acará Disco

Acará-Disco, O Rei do Aquário
Autor William Sugai, fevereiro 1995
Há decadas que aquaristas do mundo inteiro, tem se rendido a estas maravilhas, originárias do nosso aquário natural, a bacia Amazônica, homenageando e idolatrando esse nosso tão famoso peixe chamado Acará-Disco. Este peixe do gênero Symphysodon, da família Cichlidae, foi descrito em 1840 pelo Dr.Joham Jacob Heckel, Áustria, porém, começou a aparecer nos aquários dos Estados Unidos e Alemanha, somente por volta de 1930. O gênero Symphysodon é dividido em duas espécies: Symphysodon Discus e Symphysodon aequifasciatus.A primeira espécie Discus é subdividida em duas subespécies: S.discus discus (disco heckel vermelho) e S.discus willischartzi (disco heckel). A segunda Symphysodon aequifasciatus é subdividida em três subespécies: S.aequifasciatus axerold (disco marrom), S.aequifasciatus aequifasciatus (disco verde) e S.aequifasciatus harald (disco azul). O disco além de ser encontrado no Peru e na Colômbia.(-reeditado pelo autor 1999-Nestes últimos anos outras variedades de disco foram descobertas em lugares nunca antes explorados e novas subespécies foram catalogadas. Como a Ecoanimal recebe discos para exportação direto dos pescadores vimos passar pela nossa empresa o disco heckel de cara azul, disco amarelo do xingu de corpo hi-body, o disco vermelho Içana e outros mais.)
Os discos são peixes tímidos encontrados normalmente em cardumes em lagos e rios tranquilos da região norte. Diferentemente dos discos selvagens, podemos encontrar hoje em dia discos domésticos totalmente azul turquesa ou vermelho, isto graças a seleções genéticas, feitas através de estudos pioneiros, realizados na década de 70, pelo alemão Dr. Eduardo Schimidt-Focke e o americano Jack Watley. Na década de 90, a gama de discos coloridos aumentou consideravelmente e as vendas vem aumentando dia a dia. O último grande acontecimento no ramo dos discos foi no ano de 1991, no grande Aquarama Show, em Singapura numa competição importante de peixes ornamentais, onde um famoso criador expôs e revolucionou o mercado com um disco de coloração laranja avermelhada com manchas pretas, inédita até então. Este novo disco foi denominado pelo criador de Pigean Blood (reeditado pelo autor 1999-pigean blood ou sangue de pombo-na época de lançamento pelo criador foi vendido inicialmente somente em lotes mínimos fechados de 100 unidades com o preço de U$400,00 a unidade, portanto todo novo criador ou empresa que quisesse adquirir esta nova raça tinha que investir um montante de U$40.000,00 na época), e vem competindo com o turquesa na preferência dos apaixonados pelo disco do mundo inteiro. Hoje em dia o mercado brasileiro de aquariofilia começa a conhecer mais as novas cores de disco, graças as importações, atraindo cada vez mais pessoa para esse maravilhoso hobby.
A seguir algumas dicas na boa manutenção deste fascinante peixe. O disco, o rei do aquário, como é considerado, necessita, é claro de um aquário bem montado, com uma boa filtração, iluminação, um perfeito aquecimente e equilíbrio da água.
O Aquário - O tamanho do aquário é de vital importância. Quando comprarmos os discos pequenos, temos que ter em mente que estes peixes podem chegar a atingir de 15 a 20 cm quando adultos. Para termos um bom exemplo, em um aquário de medidas 1 m de comprimento, 40 cm de largura e 50 cm de altura, seis discos é um bom número. Eles necessitam de bastante espaço para nadar e se desenvolver. Como são peixes de cardume por natureza, coloque sempre no mínimo quatro discos. Evite colocar somente um disco no aquário, ele ficará perdido e solitário, podendo vir a parar de comer, morrendo em seguida. Não coloque também dois ou três discos somente, pois os maiores irão machucar e ou dominar os menores, prejudicando inclusive na alimentação, impedindo assim um bom desenvolvimento de algum exemplar.
Iluminação - pode ser aquela tipo fluorescente normalmente comercializada pelas casas do ramo, respeitando é lógico os padrões de wattagem/tamanho do aquário. Mesmo sendo o disco encontrado em zonas onde há uma grande cobertura vegetal, raízes aéreas, onde a iluminação é difusa, é comprovado que ele se comporta muito bem com a iluminação normal, podendo ser mantido tranquilamente num aquário comunitário.
A decoração do aquário - A decoração é um fator pessoal de cada aquarista. Cuidado porém, para que os acessórios não mudem a química da água desejada. Cascalho e rochas são importantes, pois alguns deles mudam relativamente bem os níveis de pH e dureza da água. A dolomita por exemplo é um tipo de cascalho normalmente usado na aquariofilia, mas que deve ser evitado nestes tipo de aquários para discos, pois alcalinizam a água com o tempo tornando-a imprópria. portanto devemos dar preferência ao cascalho de rio natural e rochas próprias para o aquarismo.
A filtragem e a qualidade da água são muito importantes, às vezes vital para a boa manutenção e crescimento dos discos em aquário. Uma boa forma de se manter a água do aquário boa para os disco, é a tão necessária e religiosa troca parcial de água semanal. Paralelo a isso, uma boa filtração ajudará em muito a manter a água limpa e cristalina. Nos dias de hoje, a filtração biológica por meio de placas de fundo, colocados sob o cascalho estão obsoletos. É um sistema cada vez menos usado no mundo inteiro, pois está comprovado que ele agride o bom desenvolvimento das raízes de plantas aquáticas além de acumular sujeira no fundo do aquário, acabando por saturá-lo, e resultando para o aquarista uma limpeza geral após um determinado tempo. Esta faxina acarreta num desequilibrio biológico, provocando um stress aos peixes neste intervalo. A sujeira e dejetos do aquário podem ser facilmente retirados através de um sifão próprio para o aquário que é usado diretamente no cascalho, enquanto que um bom filtro externo ajudará a manter a água cristalina com uma simples manutenção mensal de seus componentes, mantendo seu aquário por muito mais tempo, higiênico e com um ótimo equilíbrio biológico. Ótimos filtros podem ser adquiridos com a boa orientação do lojista, portanto, o tipo de filtro externo a ser usado, ficará por conta da preferência e disponibilidade de cada um. Os vários tipos de filtro não serão abordados nesta edição. Independente ao tipo de filtro a ser usado este deverá manter a água limpa e cristalina, ajudando na manutenção de uma boa biologia e química da água.
A temperatura - O disco por ser originário da região norte do Brasil obviamente necessita de temperatura alta. A temperatura ideal situa-se entre 27.5 e 30 graus centígrados. Abaixo de 26 ºC o disco começa a se sentir mal, pode vir a para de se alimentar, baixando sua resistência e aumentando o risco de "stress", propiciando assim o aparecimento de alguma doença. Procure sempre trabalhar com um bom termostato, impedindo o risco de qualquer tipo de oscilação de temperatura na água, mesmo em dias muito quente ou frio. Temperaturas um pouco acima, como 32ºC, podem ser usadas em peixes recém introduzidos no aquário. Isto provocará um aumento do metabolismo do peixe, consequentemente em um apetite maior, facilitando assim uma melhor aclimatação. O disco pode suportar temperaturas altíssimas como 36 e 40ºC, porém com alto risco e às vezes mortal. Nesta situação ele escurece e sobe até a superfície. Caso isto ocorra, abaixe a temperatura, introduzindo água mais fria, certificando-se que o pH está certo e naturalmente ausência de cloro. Desligue a luz, termostato e aquecedor procurando solucionar a falha ocorrida. Normalmente isto é causado por erro de wattagem de aquecedor, termostato desregulado ou de péssima qualidade.
A água - O disco é originário de águas ácidas, com pH variando entre 5. 0 e 6. 5, dependendo da região. Em aquário ele pode ser mantido em pH abaixo de 5.0 e acima de 7.5, porém é de todo aconselhável mantê-lo em água onde o pH seja ligeralmente ácido num ideal de 6.5, afim de se evitar qualquer tipo de problema. O que é necessário fazer após a montagem de um novo aquário é o ajuste de pH. Normalmente o pH da água da torneira provinda da rede pública (salvo aqueles abastecidos por nascente ou poço) situa-se na faixa de ph 8.5 à 9.0. Este pH pode ser abaixado facilmente por meio de um acidificante comum usado para aquarismo. A água nova que será usada nas trocas semanais, além de descansada para eliminação do cloro, deverá possuir um pH neutro, pois servirá para compensar o pH da água do aquário que abaixa normalmente com o tempo, consequente da eliminação dos dejetos dos peixes, mantendo assim sempre um pH estável em torno de 6.5. A troca de água semanal contribuirá para o bom crescimento dos discos, além de ajudar a manter um nível de amônia nulo. A amônia sendo tóxica, e o disco sendo altamente sensível a ela, normalmente é a responsável por muitas mortes dos peixes ocorridas com iniciantes e até com criadores aquaristas mais experientes. Ela pode ser medida facilmente por testes colorímetros vendido nas lojas. Os sintomas dos peixes quando atacados por amônia são: coloração escura, respiração ofegante, permanência na parte superior do aquário, barbatanas fechadas e corroídas, formando uma minúscula película branca em algumas partes do corpo. Quando constatado a presença de amônia na água é preciso efetuar de imediato uma troca de 1/3 à metade da água, afim de abaixar sua concentração, ajudado por um aumento de oxigenação e pH baixo. Isto ocorre normalmente por excesso de peixes no aquário, excessos na alimentação, introdução de água com cloro, uso mal feito de antibióticos ou qualquer medicação que por fim tenham afetado drásticamente a biologia do aquário, provocando o aparecimento de amônia.
Comprando seu disco- O aquário estando pronto, é hora de escolher o lugar onde adquirir o seu disco. Procure sempre optar por lojas de boa reputação, onde o dono demostre ter um grande cuidado com todos os peixes em geral. A maioria dos peixes devem estar saudáveis, pois lembre-se que, dificilmente o lojista usa uma redinha e sifão para cada aquário, o que facilita bastante a contaminação entre os aquários da própria bateria. Não é preciso lembrar que deve-se evitar comprar peixes aparentemente doentes ou que estejam no mesmo aquário onde haja outros já debilitados. Um bom conselho, é pedir a um funcionário da loja para alimentar os disco na sua frente, pois a não ser que estejam gordos e satisfeitos, eles com certeza subirão à superfície a procura de comida. Geralmente, disco com apetite é sinal de disco saudável. Analise a coloração do peixe, que deve ser forte e brilhante. Disco muito escuro e cinzento é sinal de doença ou algum distúrbio na água. Ele precisa apresentar uma abertura total das nadadeiras, principalmente as peitorais. E um ponto que seria de grande importância para interessados e experientes, é a proporção do tamanho do olho em proporção ao tamanho do corpo do peixe. Disco de olho grande e corpo pequeno é sinal de pouco desenvolvimento, ou seja, um peixe que está encruado. Procure discos com olhos bem pequenos. Após a compra de seu disco o ideal é colocá-lo de quarentena para um tempo de observação, pois seria de grande risco juntá-lo de imediato com seus outros peixes ou mesmo discos, que já estão a um certo tempo com você, saudáveis e lindos, diminuindo assim, o risco de uma eventual contaminação e desastre no seu aquário. Vindo da loja, mergulhe o saco ainda fechado, na água do seu aquário para igualar as duas temperaturas. Após 10 minutos, abra o saco e lentamente introduza água do seu aquário dentro, isto ajudará o disco a não sofrer um choque de pH, o que poderia ser fatal. Repita várias vezes esta operação, e jogue sempre o excesso de água fora, tomando o cuidado para não introduzir água do saco no aquário. Coloque o peixe com uma rede no aquário e jogue o saco e o resto da água fora. Assim você diminuirá o choque da mudança de água e o risco de doenças.
Alimentação - Esta é uma das partes mais importantes e talvez com a qualidade da água, diretamente responsável pelo sucesso da manutenção e reprodução do disco em aquário. O disco tem de ser condicionado vagarosamente a nova dieta, e a introdução de um novo tipo de alimento até a sua aceitação completa, poderá demorar até uma semana. Este ponto é mais problemático com peixes coletados na natureza, que passam por um " stress" intenso desde a sua captura no rio, até a sua chegada no aquário do consumidor final. Espécies nascidas em cativeiro aceitam qualquer tipo de alimento mais rapidamente. Procure nunca deixar alimento sobrando no aquário por mais de uma hora, pois poderá apodrecer a água e poluir o seu aquário. Limpe o resto de comida e repita a operação ao final da tarde ou na manhã seguinte. O disco, prefere como qualquer outro peixe, por natureza, de alimento vivo, mas isto não significa que seja o essencial para uma boa manutenção dele em cativeiro. Ele aceita um cardápio bem variado, que pode incluir desde alimentos vivos como artêmia salina, bloodworms, larva de mosquito, pedacinhos de minhoca, daphinea e etc...à alimentos não vivos como flocos comum ou especiais, comida em bits ou bolinhas, bloodworms congelado, artêmia congelada ou desidratada, tubifex desidratado, vários tipos de patês como o de coração de boi com cenoura e espinafre, e uma infinidade de outros alimentos que aparecem dia a dia nas lojas de aquário. É preciso somente verificar qual destes alimentos está mais disponível ao hobbista, elaborando um bom cardápio diário, assegurando uma boa alimentação para os seus discos.
Reprodução - A reprodução do disco, é ainda hoje, o auge dos aquaristas mais experientes. Portanto para se tentar a reprodução do disco com boa probabilidade de sucesso, é necessário que o hobbista já tenha tido outras boas experiências na reprodução de outros ciclídeos como " acará-bandeira" ou "kribensis" por exemplo. O mais fácil seria o de adquirir um bom casal e já se tentar de início a sua reprodução, porém o alto custo e a raridade de casais à venda, dificulta esta iniciativa. O ideal então, é adquirir peixes pequenos na faixa de 4 meses, engordá-los até a fase adulta, e se tentar a formação de um casal. Esta maneira além de ser mais econômica faz com que o hobbista atravesse já de início pela experiência do crescimento dos disco. O casal reprodutor escolherá um canto bem protegido e iniciará o ritual de acasalamento. Normalmente isto se dá num tronco, tubo do filtro, e até mesmo no vidro do aquário. Ocorrida a desova, o casal cuidará dos ovos oxigenando, limpando e retirando aqueles que sejam atacados por fungos. Os ovos eclodem em mais ou menos 72 horas, e os filhotes começarão a nadar após mais outras 72 horas, dependendo da temperatura. O casal cuidará da prole e os alevinos se alimentarão de um muco produzido na pele dos adultos, propiciando ao hobbista uma cena maravilhosa de difícil descrição. Os náuplios de artêmia podem ser introduzidos no sétimo dia, em quantidades pequenas e com um mês a prole pode ser retirada do aquário liberando o casal para um merecido descanso. A ninhada deverá ser dividida em mais aquários dependendo da quantidade, facilitando assim o crescimento dos pequenos discos.
Doenças - O tratamento mais usado e frequentemente recomendado pelos criadores de disco, é a manutenção de uma boa higiene do aquário. Por incrível que pareça, mais de 95% das doenças acometidas aos discos são resultados de péssima qualidade de água, grande frequência de distúrbios causados aos peixes seja pelo uso indevido de remédios, oscilação de pH e temperatura, transporte e péssima aclimatação feitas por atacadistas e lojistas de péssima reputação. Se você está tendo alguma experiência com problemas de doenças, faça primeiramente todos os testes de água, ao contrário, do teste de remédios, como é erroneamente indicado por muitas pessoas.
Será indicado aqui algumas das principais doenças onde os discos são mais sensíveis.
O ictio - aqueles "pontinhos" brancos por exemplo será obviamente descartado já que a temperatura do aquário à 29-30º graus, impedirá o disco de ser atacado pelo já conhecido "resfriado" dos peixes.
Fungos e bactérias - que tem como sintoma, pequenos chumaços de algodão e escoriações e laivos vermelhos, respectivamente, podem ser diagnosticadas e curadas facilmente com ajuda de bactericidas e fungicidas especializados, disponíveis no mercado de aquariofilia. ( atualização: fungos e bactérias de pele são sempre decorrentes à baixa qualidade de água, confira amônia, acerte pH e faça trocas parciais mais constantes).
Parasitas e protozoários - doenças causadas por estes agentes já são mais complicadas e infelizmente mais corriqueiras em discos. Elas podem ser infestações externas e ou internas. O oodinium por exemplo, causa uma espécie de irritação na pele do peixe, tipo de uma "coceira", onde o peixe procura um objeto para se coçar, causando um mal estar ao peixe, diminuindo o apetite e a sua resistência. Isto pode ser curado com um oodinicida ou outra medicação à base de formalina e cobre. Entretanto tome cuidado, principalmente com estes tipos de medicação a base de cobre, pois um pequeno erro na dosagem poderá ser fatal aos seus peixes. Existe outro parasita, também muito comum chamado Dactylogyrus. Ele ataca principalmente as guelras dos discos, causando uma respiração acelerada com o fechamento de uma das duas guelras, e pode ser tratado do mesmo jeito à doença anterior citada.
Spironucleos - Por fim uma das doenças mais perigosas e tão corriqueira ao mundo dos discos, e que normalmente passa desapercebida ao hobbista é o spironucleos. Um verme intestinal (atualização: um protozoário que infecta o sistema digestivo) que provoca falta de apetite nos disco, fazendo com que ele perca peso lentamente até o ponto irreversível chamado popularmente de "barriga colada" ou "disco gilete", onde o peixe acaba morrendo por fim de inanição. O remédio recomendado precisa ter como um dos componentes o "metronidazole", vendido nas principais loja de aquário. (atualização: ex: "clout" ou Azoo Anti-Protozoa). Este tratamento precisa ser feito a uma temperatura de 33º graus, e após três dias deve ser feito uma troca parcial de 40% da água. Este tratamento deve ser repetido após 15 dias assegurando assim a total errdicação da doença.
Lembre-se que apesar de toda esta descrição com diagnósticos e medicações, a melhor cura ainda será a prevenção. Portanto atente-se a manter seu aquário nas melhores condições possíveis, procurando dar ao seu peixe sempre o melhor.
Estes são alguns conselhos elaborados através do convívio com este fascinate peixe, ficando claro a existência de inúmeras outras excelentes técnicas de manejo e cultivo, não só de disco como também de outras espécies de peixes ornamentais, que são praticadas por inúmeros aquaristas não só do Brasil como do mundo inteiro. Concluindo, pelo que já foi dito deu para perceber porque o Acará disco é uma espécie de peixe que provoca o interesse dos aquariofilistas do mundo todo, e espero que estas idéias ajudem um pouco no aprendizado deste interessante peixe, facilitando o caminho para novos encantos com o rei do aquário, imerso neste maravilhoso hobby.
William Sugai